terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vida Atribulada

De volta ao meu blog, depois de um longo desaparecimento, quero mandar um recado para a Rosemary:
Sei que ando em falta com você, pois tenho recebido tantas mensagens carinhosas e amigas e há sempre algum entrave que me impede de responder. Para começar, minha Internet tem falhado com freqüência e fico fora do ar. Além disso, vivo tão assoberbada de encargos que não consigo realizar muitas das coisas que gostaria de fazer. Só hoje vi, pelos seus simpáticos comentários, que você visitou o meu blog. Você deve ter notado que estou afastada dele desde outubro do ano passado, embora escrever meus pequenos textos me desse muito prazer. Mas, onde o tempo? Sem contar com os problemas de saúde que tive. Assim, minha correspondência eletrônica tem sido falha e restrita. Quero, porém, agradecer por todas as suas boas palavras, sem poder prometer que serei uma assídua correspondente.
Tendo trabalhado como professora por 40 anos, e tendo alunos e alunas com nomes repetidos, através dos anos, às vezes me é difícil localizar, no tempo, esta ou aquela aluna. Diga alguma coisa sobre sua turma, para que eu a localize melhor no meio das minhas lembranças, já um tanto ou quanto embaralhadas. Admiro o seu dinamismo, a sua alegria, a sua generosidade e a sua permanente amabilidade. Tentarei responder com mais freqüência, quando receber suas mensagens. Um abraço da Gracinda.
Obs.: Escrevi aqui porque o espaço do Orkut é bem limitado.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

DIÁRIOS

Muita gente tem o hábito de registrar pensamentos em seus Diários. Desde bem jovem, tive meus cadernos onde, além de anotar os fatos importantes de cada dia e tecer reflexões sobre eles, colava recortes de jornais, rótulos, etiquetas, notas fiscais e outros “recuerdos” das coisas que vivi. Em épocas de sobrecarga de trabalho, o Diário virava um verdadeiro “devezenquandário”, onde só escrevia quando podia roubar uns minutos das muitas obrigações que me cabiam. Faço do meu Diário um espaço onde posso escrever tudo que penso, sem preocupações com a forma, sem rigor na colocação dos pronomes, pois são páginas que nunca foram nem serão lidas por ninguém. Já estou no caderno número 70, tão longa tem sido a minha vida. O que me preocupa é que, com essa mania, deixarei para depois da minha morte o trabalho de jogar fora toda essa papelada que só tem interesse para mim. Desde já, peço desculpas por esse previsto trabalho que meus descendentes herdarão.

sábado, 22 de setembro de 2007

A Bienal é uma grande festa de livros

Nos três imensos pavilhões, com suas avenidas e ruas repletas de estandes de todos os tipos, a Bienal recebe uma variedade indescritível de visitantes, de todas as idades, que transitam para lá e para cá, detendo-se nesta ou naquela livraria ou editora para comprar livros ou simplesmente para olhá-los. Há livros de todos os feitios e tamanhos, desde os minilivros que cabem na palma da mão, até um livro gigante, de 2m de altura.

Por toda parte encontramos os locais com debates, mesas-redondas, cafés literários, contação de histórias, encontros com autores e os tradicionais lançamentos de livros e horas de autógrafos. Quando o autor é famoso e a obra em questão é conhecida do público, formam-se grandes filas para os autógrafos. Os escritores menos divulgados ou quase anônimos (como é o meu caso) recebem apenas um ou outro amigo que vai prestigiar o seu lançamento e receber o seu autógrafo. Mas o ambiente é tão festivo e são tantas as chances de encontrar os desejados livros, que até esquecemos o cansaço da longa viagem que nos leva ao Riocentro e saímos felizes de lá.

sábado, 25 de agosto de 2007

Eu na Bienal

Se a publicação de meus dois livros representou um capítulo especial de minha vida, antes nem sequer imaginado, que dizer do convite que me chegou para participar da XIII Bienal do Livro que ocorrerá em setembro no Rio de Janeiro?

Sempre me interessei pela Literatura e, assim, cada Bienal atraía a minha atenção. Dei a sorte de ter tido a chance de visitar várias delas, com direito a comprar alguns livros e até a entrar em filas de autógrafos, voltando para casa feliz com minhas aquisições.

Agora, vejo-me agendada para novo lançamento de meu romance, Cabine Individual, no estande da Nitpress, no dia 15 de setembro, às 18h30min, lá na Bienal. Quando poderia ter imaginado uma coisa dessas? Nunca!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Escrevendo...

O tempo que dedico à leitura é bem maior do que o costumeiramente aplicado nos meus escritos. Mas as duas atividades são igualmente importantes na minha vida e só por algum motivo muito forte deixo qualquer delas de lado por um ou mais dias.

A leitura é, para mim, um grande prazer, uma necessidade, um vício. É um alimento que não pode faltar para a satisfação da minha alma. A escrita é, de modo geral, um simples hábito, ou uma mania, que me permite registrar impressões sobre tudo que vivo, pensamentos, sentimentos, etc. O impulso de escrever dando um sentido literário a idéias que brotam em momentos de inspiração começou tardiamente em minha vida. De tudo que produzi, nesse sentido, publiquei apenas dois livros que, inicialmente, pensava em guardar só para mim, pois não os imaginava sendo lidos por outras pessoas. Até hoje me causa estranheza a idéia de que alguém possa estar lendo os meus livros, embora já tenha tido experiências lindas com os pareceres amigos e carinhosos que alguns leitores me ofereceram.

Tenho algum material escrito, que não sei se chegarei a transformar em livros. Mas estou certa de que continuarei a atender ao impulso que me faz colocar no papel os pensamentos que vão surgindo, diante do simples ato de viver. Por isso, espero que esses sofridos olhos resistam por mais algum tempo, para que eu possa prosseguir escrevendo, escrevendo, escrevendo...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Lendo...

Tenho, no meu quarto, uma pequena estante onde guardo os livros que esperam, preferentemente, o momento de serem lidos. São quase 2 centenas de volumes que aguardam a sua vez. Uns antigos, que, por inexplicáveis motivos, foram deixados indefinidamente para depois; outros, recentes, com menos de um mês de espera.

Não tenho um critério lógico na escolha de minhas leituras. Costumo dar certa urgência aos livros que recebo de presente, desejando poder contar logo as minhas impressões sobre a sua leitura ao (à) gentil ofertante. Também dou prioridade aos livros que me emprestam, para poder devolvê-los sem demora.

Não é raro que eu mergulhe na leitura de mais de um livro ao mesmo tempo. Lá ficam dois ou três com os seus marcadores, esperando que eu dê uns momentos de atenção a cada um deles. No momento, estou com apenas quatro livros em andamento, mas já cheguei a ter sete, o que a mim mesma parecia um absurdo. Mas dei conta de todos eles e já muitos outros passaram por minhas mãos e foram levados para a biblioteca, destino dos livros já lidos, ocupando um lugar na estante dos livros escritos na língua portuguesa, ou na outra, dos devidamente traduzidos.

Não gostaria de morrer sem ter lido todos os meus livros. Não sendo capaz de reprimir o desejo de comprar, com freqüência, novos livros, talvez esse desejo não seja realizado. Mas, enquanto meus cansados olhos permitirem, espero continuar lendo, lendo, lendo...

domingo, 15 de julho de 2007

Breve história de um romancinho

No longínquo agosto de 1993, lendo o Jornal do Brasil, deparei com o Jorge Amado, meio sorridente, que apontava para mim, dizendo: “O seu livro vai fazer sucesso.”

Logo abaixo, o convite: “Pode escrever.”

Voltei àquela página várias vezes e lá estava o amável convite do Jorge Amado que incitava à aventura de escrever. Escrever é coisa que fiz a vida inteira, mas nunca tinha tido coragem de me aventurar a pôr no papel algo como um romance. Mas olhando o jornal, uma voz interior me dizia: “Escreva, ande, deixe de preguiça!”

Busquei papel de rascunho e caneta e me pus a escrever as páginas iniciais de um hipotético romance. Estava com a história encadeada na cabeça, mas escrevi apenas treze páginas e meia, naquele dia 7 de agosto. Depois parei, pensando que a tentativa seria inútil.

Por alguns dias, deixei de lado os meus manuscritos. Mas pensava neles e já estava com o enredo da história completo a povoar os meus pensamentos. Buscando novamente os papéis, escrevi mais doze páginas do romance. Nos dias seguintes, aproveitei cada horinha vaga para dar continuidade ao que viria a ser o meu primeiro romance, que concluí no dia 14 de agosto. Contava, nele, uma mera história de amor, feita de sonhos e desilusões.

Datilografei o romancinho, que levou o título de Cabine Individual. Encadernei. Guardei na estante. E lá ficou ele até o início deste ano de 2007, quando decidi publicá-lo.

Logo que terminei de datilografar a Cabine Individual, ainda na empolgação de me sentir escritora, passei a trabalhar nos contos que viriam a dar origem aos Pequenos Amores, livro que também datilografei e encadernei e que foi guardado ao lado do romance, durante 12 anos.

Em 2005 decidi publicar os meus contos. No início de 2007 chegou a vez da Cabine Individual, que hoje estou lançando.