terça-feira, 2 de outubro de 2007

DIÁRIOS

Muita gente tem o hábito de registrar pensamentos em seus Diários. Desde bem jovem, tive meus cadernos onde, além de anotar os fatos importantes de cada dia e tecer reflexões sobre eles, colava recortes de jornais, rótulos, etiquetas, notas fiscais e outros “recuerdos” das coisas que vivi. Em épocas de sobrecarga de trabalho, o Diário virava um verdadeiro “devezenquandário”, onde só escrevia quando podia roubar uns minutos das muitas obrigações que me cabiam. Faço do meu Diário um espaço onde posso escrever tudo que penso, sem preocupações com a forma, sem rigor na colocação dos pronomes, pois são páginas que nunca foram nem serão lidas por ninguém. Já estou no caderno número 70, tão longa tem sido a minha vida. O que me preocupa é que, com essa mania, deixarei para depois da minha morte o trabalho de jogar fora toda essa papelada que só tem interesse para mim. Desde já, peço desculpas por esse previsto trabalho que meus descendentes herdarão.

Um comentário:

Aníbal Bragança disse...

Cara Gracinda,
fiquei interessado em saber mais do livro "Terra Virgem", de Constâncio Vigil, que foi e é importante pra você.
Espero que você não desperdice tudo o que deixou registrado em seus diários. Que tal fazer uma seleção e publicar suas memórias?
Certamente teriam grande interesse para alguns.
Um grande abraço e obrigado pela sua interlocução no Ler, escrever e contar.
Aníbal